sábado, 30 de agosto de 2008

A FILOSOFIA SAI DA CAVERNA


Gilberto Alexandre da Luz


A professora as USP, Marilena Chauí, concede a Folha de São Paulo, (02.03.02), uma entrevista por ocasião do lançamento do seu livro Introdução à história da filosofia.
Perguntada, sobre a importância da filosofia nascida há 2500 anos, como pode ajudar a entender o início do século 21. Em resposta ao que foi indagada Chauí aponta que os filósofos desse período convencidos de que sobre a realidade visível e aparente havia uma força natural, o qual só o pensamento alcançaria, tomando nosso mundo contemporâneo, ele é aquele que diz que a única realidade é a aparência e a superfície das coisas.
E, ainda a contra ponto que Chauí apresenta a isso é a convicção de que há algo mais do que essa pluralidade efêmera de imagens e de que é preciso ir ao âmago do real para entendê-lo
Na entrevista, Cassiano Machado perguntou a professora a respeito dos desafios de ensinar a história da filosofia no período abordado no livro dos pré socráticos a Aristóteles.
Chauí em resposta ao que foi indagada aponta que a maior dificuldade é a de apresentar a jovens que desconhecem inteiramente a filosofia aquilo que ele tem de mais difícil, que é a formação de seus próprios conceitos. Isso significa apresentar o que chamo de gênese absoluta dos conceitos.
Ao perguntada na entrevista sobre o veto do presidente FHC, de que a filosofia se tornaria obrigatória no ensino médio, ela aponta não ter lido o texto da lei portanto, não saberia as razões que a levaram ao veto. Observa ainda que de acordo com as propostas que estavam circulando, a filosofia poderia ser ministrada por pessoas com diploma de sociologia, pedagogia e teologia. Se isso foi mantido no texto, o veto é compreensível. A iniciação à filosofia é uma tarefa mais difícil, mais delicada e exige uma especialização maior do que o ensino de partes mais avançada da disciplina. É preciso que os professores do ensino médio tenham tido graduação em filosofia.

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