domingo, 9 de novembro de 2008

Roteiro Para o filme de Filosofia de 7 á 15 minutos.

Proposta do filme:

Dentro da proposta do professor Daniel em desenvolver um filme sobre a filosofia na Puc, nosso grupo resolveu, desenvolver um filme apresentando como é a filosofia nos diversos cursos de graduação da PUC

Este filme será constituído de entrevistas com diversos alunos de diversas áreas, com os profissionais de Filosofia.



Estrutura.



1º Abertura do filme, apresentando o tema { na abertura constituirá de fleshs das entrevistas mostrando um pouco do que será o filme}

2º O inicio do filme em si, onde apresentaremos a tese norteadora do filme, que conta a historia de uma aluna de filosofia que inquieta com os comentários feitos sobre o seu curso, resolve procurar entender o porquê desta rejeição. Inicia sua longa jornada a procura da resposta sobre a rejeição do curso de filosofia nas diversas disciplinas desta tão grande Universidade.

3º após a decisão de investigar este assunto, vai de inicio comprovar o que as pessoas pensam sobre a filosofia investigando as opiniões de vários alunos de outros cursos na Puc.

Após comprovar o que as pessoas pensam sobre o assunto, a mesma vai confirmar o qual é a proposta da disciplina de filosofia com o coordenador do curso.

No desenvolver da fala do coordenador a estudante se relembra das entrevistas, e no final pensa e tira suas conclusões a respeito da Filosofia na PUC.

Para aqueles que possuem curiosidade em entender o significado da filosofia na graduação e se ela funciona ou não. Assista a nosso filme.. Previsão pra conclusão do filme dia 01 de novembro

Equipe técnica:

Câmera men: Dioni Mangela e Wanderlita Pott

Roteirista: Dioni, Jone, Gilberto, Rosana P; Wanderlita Pott.

Sonoplastia: Rosana e Wanderlita.

Edição: Rosana e Wanderlita.

Atores: Dioni, Jone, Gilberto, Rosana P; Wanderlita Pott

Participação especial: Professor:: Ericson Falabetti e Professo Reginaldo

Alunos de graduação da PUC PR em:

Engenharia Ambiental

Engenharia Florestal

Engenharia de computadores

Medicina

Fisioterapia

Nutrição

Educação Física

Filosofia.

(Filme e roteirista elaborado por amadores)

ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS DE FILOSOFIA

Critérios para viabilidade:
Apresentação da Obra: Arte gráfica.
Conteúdo e Metodologia
Didática: - Linguagem
- Arte gráfica:

Para um professor de filosofia se faz necessário um olhar crítico também em ralação ao material didático usado pelas instituições de ensino, que muitas vezes são oferecidos pelo governo, no caso de instituições públicas.a um professor de filosofia se faz necessário.. A primeira obra a ser analisada é “Filosofia” da autora Marilena Chauí, e a segunda obra, “Curso de Filosofia” do autor Battista Mondin.
O Livro de Chauí apresenta uma capa e contra capa, bastante atraente, foram adotadas cores alegres, onde a cor e as letras do título se destacam na apresentação. A folha de rosto apresenta uma rápida biografia da autora, bem como as informações necessárias de editorial. O texto foi escrito com letras gráficas bem legíveis, o conteúdo está dividido em 29 unidades (temas), cada unidade é composta de subtítulos correspondentes ao tema, a autora apresenta exercícios, somente no final das respectivas unidades.
Em sua obra a autora trabalha a história da filosofia, onde apresenta o autor e seu conceito filosófico, relacionando com o contexto vivenciado pelo aluno, norteando o aluno para sua própria reflexão, a autora utiliza o método da aula-expositiva. No início de cada unidade¬ é apresentada apenas uma ilustração, sem cores, sem atrativo, não instiga a curiosidade do aluno.
A proposta da autora, é que seu livro seja utilizado no ensino fundamental e médio, entretanto, para o ensino fundamental, o livro poderia ser mais rico em imagens e cores, a fim de atrair e fomentar a imaginação dos alunos, também se percebe que á muito conteúdo para depois ser trabalhado, ou seja, os exercícios sugeridos pela autora se apresentam somente no final de cada unidade, partindo da compreensão, de que o aluno do ensino fundamental não possuiu um conhecimento prévio, sobre os conceitos filosóficos e não possuí o hábito do exercício reflexivo, a aula poderá tornar-se cansativa, sem atrativos e de difícil compreensão, os exercícios poderiam ser mais freqüentes.
Para o ensino médio, o livro é mais adequado, partido de que o aluno já possuiu um conhecimento anterior dos conceitos filosóficos, como os exercícios encontram-se no final das unidades, estão adequados em sua colocação, esses alunos já possuem certa autonomia reflexiva, conseguindo somar vários subtítulos e até mesmo montar uma teia de conhecimentos. O índice dos temas encontra-se no final do livro.
A segunda obra em análise, “Curso de Filosofia” do autor Battista Mondin, não apresenta referência ao nível a ser aplicado. Esta obra é composta de três volumes, mas nos concentraremos no volume 2. Que apresenta uma capa de forma simples e comum, com cores suaves, em azul, sem muito atrativo, destacando apenas o título em vermelho, na contra capa encontramos uma breve exposição sobre o assunto que será abordado. A folha de rosto apresenta apenas as referências editoriais. O corpo de texto é composto por doze títulos filosóficos, com sesse nta e seis subtítulos. O autor pontua a história da filosofia moderna, partindo de autores de maior relevância deste período.
O autor apresenta o filósofo e seu conceito, e o contexto de sua época, não faz relação com contexto do aluno, apresenta uma linguagem técnica, mais acadêmica, e por apresentar tal linguagem, e um maior volume de informações, torna-se de difícil compreensão, bem como sua prática para os alunos de ensino fundamental e ensino médio, mas apresenta-se de grande auxilio para o ensino superior, o conteúdo desta obra é expositivo. A obra não apresenta ilustrações, somente os conceitos dos filósofos, que são separados por seus títulos e subtítulos, no final da obra, é apresentado apenas sugestões de temas e autores correspondentes, para a elaboração de possivéis pesquisas. No final do livro também é apresentado o índice, e autores com palavras chave, para a orientação do aluno.
Partindo da análise destes dois livros, podemos considerar o livro mais adequado para a prática no ensino fundamental e ensino médio, é o livro de Marilena Chauí “Filosofia”, pois sua metodologia é mais abrange, interage com aluno, possuí uma linguagem acessível, instiga o aluno a reflexão e criatividade, levando o aluno a desenvolver sua razão crítica norteando-o para a autonomia intelectual, que ainda não está concluída.

SEJA UM GRANDE PESQUISADOR NA FILOSOFIA, CONTANDO COM A AJUDA DE EMPRESAS QUE FINANCIAM SUAS PESQUISAS.

Quem faz opção por trabalhar com a filosofia pode também fazer suas escolhas, ou seja, trabalhar como docente em sala de aula ou em empresas, indústria ou ainda ser um grande pesquisador. E para aqueles que desejam seguir carreira como um filósofo pesquisador pode contar com a ajuda de algumas empresas que costeiam suas pesquisas. Entre as empresas financiadoras, as que mais se destacam são: Fundação Araucária, CNPq, Capes, FINEP, FAFESP, Boticário, Banco do Brasil, Gife, Fundação Roberto Marinho, Fundep, Banco HSBC e Banco Itaú.
Estas e outras empresas têm por objetivo incentivar o desenvolvimento científico cultural e intelectual deste país, pois, o incentivo possibilitará o início de uma pesquisa, desde o ensino fundamental, seguindo para o nível de projeto acadêmico.
Para que os projetos ou pesquisas se tornem práticos e contribuintes, alguns necessitam de financiamentos, e deverão obedecer a critérios, estabelecidos pelas próprias empresas.
A Fundação Araucária, localizada à Avenida Comendador Franco, Cietep – Jardim Botânico – Curitiba – PR. Financia pesquisas que estejam direcionadas ao campo cientifico, tecnológico, artístico e cultural. Para que se consiga o financiamento necessário de um projeto, independente do conhecimento que é estudado, deve-se atender aos seguintes requisitos: estar regularmente matriculado no curso ou em curso de graduação, apresentar excelente rendimento acadêmico, dedicar-se integralmente as atividades acadêmicas e de pesquisa, ter cursado o primeiro ano do curso de graduação, não estar no último ano de graduação, não possuir vínculo empregatício, não ter concluído outro curso de graduação e não estar contemplado com bolsa da mesma natureza. O critério adotado pela fundação, para a solicitação de um financiamento de uma pesquisa, está no preenchimento de um formulário especifico, e é através deste formulário que será avaliado, sendo a pesquisa de interesse ou não da fundação.
O CNPq está interligado com a Capes, ambos financiam pesquisas no campo do conhecimento, cientifico, tecnológico. As instituições, sobretudo o órgão do CNPq está localizada à SEPN, 507 - Bloco B, Sede Brasília – Distrito federal. A Capes está localizada à Rua Caetano Moura, 140, Federação em Salvador BA. Essas duas empresas estão vinculadas ao ministério da ciência e da tecnologia, para o apoio da pesquisa brasileira. Para solicitar a aprovação de uma pesquisa, o pesquisador deverá preencher um formulário disponibilizado pela instituição (cadastro), e a proposta do projeto que será estudado, se coerente com a instituição, será então analisado por pesquisadores responsáveis pelo assunto.
A FINEP. situada à Avenida das Nações Unidas 10. 989- 15º andar- Vila Olímpia – SP. O pesquisador que desejar um financiamento deverá por meio de um formulário próprio de empresa atender os requisitos necessários, que são avaliados por um grupo de avaliadores da própria empresa.
Fafesp é outra empresa que financia projetos na mesma linha de pesquisa, no campo científico e tecnológico, no entanto, essa empresa diferencia-se em seu novo programa, que foi batizado de A.E. Esse programa apresenta projetos de professores universitários e a todos os interessados da área.
O Boticário está localizado na Avenida Rui Barbosa, nº 3450, São José dos Pinhais – PR. Financia projetos e pesquisas a nível cultural e social, para a solicitação de um financiamento para um projeto, deverá ser solicitado para o preenchimento de formulários da empresa que deverá ser acompanhados de um CD, onde terão que constar os pontos principais da pesquisa, e seus objetivos gerais.
A Gife e a Fundep. A Gife está localizada à Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2413 – 1º andar – Conj. 11 – Jardim América – SP. Nessas empresas diversos projetos educacionais são financiados como: projetos culturais, ecológicos e movimentos comunitários, entre os quais em sua maioria tem por finalidade a capacitação de jovens. A Fundep é uma fundação financiada pelo Governo Federal e pelo Banco Internacional de Desenvolvimento. Essa desenvolve projetos relacionados à Educação, Recursos Hídricos, Saúde e Desenvolvimento Sustentável. Está localizado à Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627 – Belo Horizonte – MG. As duas empresas financiadoras têm os seus próprios formulários para a solicitação de financiamento, além do preenchimento dos formulários específicos, os candidatos devem atender a critérios próprios das instituições.
A Fundação Roberto Marinho, situada à Rua Santa Alexandria, 336 – Rio Comprido – RJ. A instituição financia projetos que estão relacionados à área educacional, cultural e Social. A solicitação de recursos para pesquisas devem atender aos requisitos próprios da Fundação, onde todo projeto deve ser acompanhado de um técnico especializado. Os projetos que forem aprovados podem receber financiamento de até R$ 50.000,00.
O órgão de pesquisa do Banco do Brasil está localizado à SC. N Quadra 0, Bloco A – Edifício Number One, 9º e 10º andares – Brasília – DF.. Os projetos financiados pelo Banco do Brasil estão em diversos campos de pesquisa, sobretudo, no social e cultural, onde se preocupa com as questões como: Alimentação, Saúde, Educação, Emprego e Habitação. O Banco HSBC, juntamente com o Banco Itaú financiam projetos sociais que visam à melhoria de jovens desempregados e de mulheres que são discriminadas. O órgão de pesquisa HSBC está localizado em diversos estados brasileiros, entre os quais: Minas gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Itaú também tem as suas instituições financiadoras em diversos estados brasileiros. Essas empresas dispõe de formulários próprios. E utiliza-se de seus próprios critéios para a avaliação, estabelecendo data para a solicitação de recursos para o financiamento.
Todas essas empresas e organizações estão comprometidas com o desenvolvimento deste país, incentivando e financiando, em qualquer área, que produza o desenvolvimento social, cultural, científico, intelectual e ambiental. Qualquer caminho que se deseja seguir terá uma oportunidade de encontrar recursos para futuros projetos, cabe ao pesquisador procurar em qual ele se enquadra, contribuindo para a ciência deste país.
Na intenção de apresentar um futuro projeto, considero a Gife e a Fundep, a instituição adequada para projetos não menos valorizados, mas ambas trabalham com um número menor de participantes, ou seja, atua em comunidades menores. Como intenciono residir e trabalhar em uma cidade menor, ficará mais aconselhável trabalhar com comunidades menores.
Sites das empresas pesquisadas:
www.fundaçãoaraucaria.org.br/www.cnpq.br/www.capes.gov.br/www.finep.gov.br/www.fafesp.br/www.boticario.com.br/www.gife.org.br/www.fundaçãorobertomarinho.org.br/www.fundep.gov.br/www.bancodobrasil.com.br/www.bancohsbc.com.br/www.bancoitau.com.br

sábado, 20 de setembro de 2008

MOSTRA DE FILMES FILOSÓFICOS


“FILOSOFIA COMO INTRUMENTO DE TOTALITARISMO”
O Filme se inicia com a demonstração da típica estética totalitarista, e a partir deste ponto caminha través da história, revelando as sutis ligações entre o pensamento autoritário e a filosofia.

“BIOPODER – DISCIPLINARIZAÇÃO – PRODUTIVIDADE”
No filme pretende-se desmascarar como instituições eclesiásticas, escolares, médicas, psiquiátricas e prisionais têm para o governo uma utilidade política e até ideológica em sua vontade de poder pela normalização e docilização do corpo populacional para a produtividade.
No lugar da lei, a norma; o corpo e adestrado, a população é mantida ativa e saudável e assim governável graças ao biopoder que gerencia a vida.

“O QUE É SOPHIA?”
O filme visa analisar, estudar e refletir a cerca dos temas que inferem na vida do ser humano. Os temas que nos propomos a levar aos jovens e adultos são: Solidariedade, Ética, Educação, Justiça e Liberdade. Analisados sob um enfoque filosófico, onde, tivemos como referência alguns filósofos que nos ajudaram de suporte para a argumentação e construção dos mesmos, eles são cada vez mais pertinentes e relevantes na prática de nossas ações, as quais nos levam a uma reflexão crítica e profunda da sua importância na relação comigo mesmo, com os outros, com a sociedade e com o mundo.

“O SER EM BUSCA DA CURA DOS MALES QUE O ASSOLAM”
Todo homem é cercado de males que o não deixam viver livremente, contudo encontramos algo dentro de nós que clama por liberdade e que quer ser curado. O ser nasceu para vida e não para morte. E quais são os mecanismos usados para que tal transformação aconteça? Quais são as emoções que brotam do homem diante do cuidado de si?
Entre e navegue nessa pequena reflexão sobre o Ser e os males que o assolam.

“ O ADMIRÁVEL MUNDO DA LINGUAGEM”
O filme, propõe falar da linguagem e suas definições tomada pelo senso comum e tomada filosoficamente em algumas vertentes dentro da filosofia, de maneira “simples” para levar o público alvo, as crianças, a refletir sob as funções da mesma no dia-a-dia de cada pessoa.


“JOVEM E O CUIDADO DE SI”
O vídeo Jovem e o cuidado de si, elaborado pela equipe Devir Produções, faz uma abordagem de como Sócrates e Schopenhauer pensavam um caminho para ser feliz e como Avicena tentava achar uma cura para o medo da morte. O curta metragem é direcionado a estudantes de ensino médio. Com entrevistas, músicas, e pequenas novelas ele tenta aproximar ao máximo o pensamento filosófico ao dia-a-dia da juventude.

NASCENDO PARA UM NOVO TEMPO
O filme explora a existência humana imersa nesse contexto de aculturação que presenciamos atualmente, e é por presenciarmos esta era dominada pela tecnologia, em que o tempo fica cada vez mais escasso, que decidimos mostrar as conseqüências que isso traz a um individuo.
O protagonista do filme, Dionísio, um cara de classe média, sempre foi educado dentro desse mundo capitalista, no qual se dá muito valor ao status. Em decorrência deste modo de vida, observamos um homem egoísta que sofre por precisar de algo que acredita estar nas coisas materiais. Perdendo a sua vida em nome de uma existência sem significado, considerando-se um ser individual, o homem acaba por desestruturar as instituições, que buscavam aprimorar o comportamento social do ser humano, através da construção de valores e da educação, o que nos abre portas para que pensemos acerca do ser.

“LIVRES! SOMOS LIVRES?”
Um dos profundos anseios humanos é ser livre. Na história da filosofia muitos pensadores refletiram sobre essa temática e procuraram compreender em quais condições o ser humano não é coagido por forças externas e pode fazer escolhas conscientes para sua existência. Na tentativa de abordar essas e outras idéias, o grupo Pallotti Produções apresenta “Somos Livres?” com o intuito de debater filosoficamente diante dos várias concepções sobre esse tema a fim de trazê-lo para a nossa realidade.

MULHER: DESVELANDO O ENIGMA FEMININO
Este documentário aborda de forma geral a questão feminina pensada, de certa, maneira, como um enigma. Focalizamos, assim, a mulher a partir de alguns aspectos específicos que consideramos como inerentes a ela, tais quais: afirmação da feminilidade, como algo diferente da masculinidade, e ainda sobre política, direito, emancipação e, finalmente, estética. Com base nestes pressupostos a Filosofia pode fazer algumas indagações: o que é ser mulher? Que reflexão filosófica pode ser explicitada pensando a mulher sob estes aspectos? Ancorados nestas e noutras interrogações vários especialistas tentam aclarar um pouco mais esse enigma que é o ser feminino e suas implicações para a mulher.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fé e política: Mlhor Juntas.

Gilberto Alexandre da Luz
Entrevista com Dom Charles Chapul, arcebispo de Denver


Por Karna Swanson

DENVER, Colorado, terça-feira, 2 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- Não só a religião tem espaço no âmbito público, mas uma democracia precisa das contribuições da moral e das convicções religiosas para continuar sendo sadia e forte, afirma o arcebispo de Denver.

Tirar a religião do jogo, acrescenta Dom Charles Chaput, autor do livro recém-publicado «Render Unto Caesar: Serving the Nation by Living Our Catholic Beliefs in Political Life» (Dar ao César: Servir a Nação vivendo nossas Crenças Católicas na Vida Pública), é a forma mais rápida de destruir uma democracia.

Nesta entrevista concedida à Zenit, Dom Chaput fala sobre as idéias propostas em seu livro sobre os católicos e a política e comenta o que considera serem os temas importantes para os votantes americanos nas eleições presidenciais de novembro.

-O catolicismo na vida pública dos Estados Unidos teve uma longa e complicada viagem, e o senhor afirma que os católicos têm muito a oferecer ao processo político, mas que com freqüência mantêm suas crenças e convicções separadas de sua atividade política. Por que é assim?

-Dom Chaput: Os católicos foram sempre minoria nos Estados Unidos, e sempre foi real neste país o preconceito com relação a eles, inclusive antes de sua fundação. Algumas discriminações foram indiretas e corteses. Só em algumas ocasiões assumiram formas mais vulgares de discriminação econômica e política, e o fanatismo. De qualquer forma, o preconceito sempre alimenta o apetite de uma minoria de ser aceita, conseguir ser assimilada, e os católicos norte-americanos fazem isso extraordinariamente bem – de fato, muito bem.

Sob a desculpa de ser bons cidadãos, muitos católicos compraram a idéia errada da «separação da Igreja e do estado». Os católicos norte-americanos sempre apoiaram o princípio de manter a autoridade religiosa e civil separadas.

Ninguém quer uma teocracia, e muitos dos meios que estiveram falando do «fundamentalismo cristão» utilizaram somente uma tática de medo especialmente ofensiva. A Igreja não pretende dirigir o Estado. Tampouco queremos que o Estado interfira em nossas crenças e práticas religiosas – que, sinceramente, hoje é um problema muito maior.

Separar a Igreja do Estado não significa separar temas de fé e temas políticos. O verdadeiro pluralismo requer um saudável conflito de idéias. De fato, a melhor forma de acabar com a democracia é que as pessoas separem suas convicções religiosas e morais de sua tomada de decisões políticas. Se as pessoas acreditarem de verdade em algo, atuarão sempre sobre isso como matéria de consciência. De outra forma, só estão mantendo a si mesmos. Por isso, a idéia de forçar a religião a sair dos debates de política pública não é só pouco inteligente, é antidemocrático.

-Um capítulo do livro é dedicado a Tomás Moro. O mesmo capítulo menciona John F. Kennedy, o primeiro presidente católico dos Estados Unidos. Qual é a diferença fundamental entre esses dois líderes políticos católicos?

-Dom Chaput: Como comento no livro, devemos ser cuidadosos na hora de estabelecer um paralelo excessivamente próximo entre a situação de Moro e os problemas que os funcionários públicos norte-americanos enfrentam. Mas Moro e seu amigo John Fisher permanecem tão vivos em nossas memórias por uma razão. Conservaram sua integridade a toda custa, inclusive suas vidas. Colocaram Deus antes do César.

Quanto a Kennedy, é necessário recordar o contexto de sua campanha em 1960. Kennedy tinha muito talento e coragem, mas também tinha de superar 200 anos de protestantismo.

Infelizmente, apoiando estes temores protestantes, criou um novo modelo católico de separação do serviço público da convicção privada. Atuava com boa vontade, e certamente não podia ver o futuro – mas causou muito dano. Durante os últimos 40 anos, seu exemplo guiou cada funcionário público católico, que «pessoalmente se opõe» a certo mal grave, mas que não quer fazer nada a respeito. Ainda estamos sofrendo os efeitos.

-Também observa que a nova cultura da mídia criou um ambiente para o debate público no qual o «mercado sério de idéias» é reempregado pelos slogans. Como os políticos católicos podem atuar neste ambiente?

-Dom Chaput: Não há uma resposta fácil para isso. Os católicos norte-americanos precisam ter uma atitude muito mais crítica com relação aos meios de comunicação, inclusive a indústria informativa. No jornalismo, por exemplo, trabalham muitas pessoas boas. Mas a imagem da realidade informada pelos meios de notícias sempre está colorida por pelo menos três coisas: a tecnologia do meio, a necessidade de obter benefício e o viés da organização.

O que vemos e ouvimos sobre informação política costuma ser uma versão tendenciosa dos fatos. Os cidadãos precisam estar em alerta sobre como os meios aumentam os apetites públicos e modelam nossas opiniões. E os políticos católicos precisam aprender a usar a mídia – de forma honesta, supostamente – e como não ser utilizados por ela.

-Espera que seu livro, publicado meses antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, tenha impacto no processo eleitoral, de alguma forma?

-Dom Chaput: Terminei o texto em julho do ano passado e o estive revisando até novembro. Queria que o livro aparecesse em março deste ano para que tivesse espaço entre ele e o período de campanha. Mas o editor tomou essas decisões.

Não é minha intenção, nem no livro nem em qualquer outro meio, dizer às pessoas como votar. Não apóio candidatos, não uso um código de linguagem para conseguir que as pessoas gostem ou não gostem de um partido político. Esse não é o trabalho de um pastor.

As pessoas precisam votar conscientemente. Mas a «consciência» não aparece milagrosamente do nada; não é um tema de opinião pessoal ou preferência privada. A consciência sempre se baseia em uma verdade maior que nós mesmos. As pessoas que dizem que são católicas precisam ser honestas consigo mesmas e com a comunidade crente. Precisam atuar verdadeiramente como «católicas» em particular e em público, e isso inclui a forma como tomam suas decisões políticas. E é precisamente o trabalho de um pastor ensinar aos católicos sua fé e animá-los a aplicá-la.

-Neste ano de eleições, parece que haverá mais debate sobre os «grandes» temas sociais que os católicos deveriam considerar ao votar. Como o senhor vê esta tendência? E quais são os principais temas que os votantes católicos enfrentarão no próximo mês de novembro, na sua opinião?

-Dom Chaput: O ensinamento da moral da Igreja não muda, seja ano de eleições ou não. Enfrentamos um monte de temas importantes nesta época: a economia, a reforma da imigração, a guerra do Iraque. São urgentes e importantes, mas não podem ser utilizados como uma desculpa para ignorar a criança não-nascida.

Não importa quanto queiramos tapar com o debate sobre os «grandes temas sociais»; a luta contra o aborto continua sendo um tema social fundamental de nosso tempo. Não há forma de se esquivar das conseqüências que gera, a brutalidade e a injustiça do aborto com uma linguagem piedosa ou gestos teatrais. O aborto é um homicídio legalizado. Tem que parar. Qualquer outro direito depende do direito à vida.

-O livro está escrito principalmente para os leitores dos Estados Unidos, visto que fala diretamente da Igreja nos Estados Unidos. O que os leitores de fora do país podem obter do livro?

-Dom Chaput: Todos os católicos, onde quer que estejam, precisam recordar que primeiro somos cidadãos do céu. Esse é o nosso lar. Servimos melhor nossa nação neste mundo vivendo nossa fé católica plena e autenticamente, e oferecendo nosso testemunho católico sobre a dignidade humana de forma vigorosa na vida política de nossa nação.

É necessário que deixemos de estar envergonhados de falar e trabalhar pela verdade. Podemos ser discípulos ou podemos ser covardes. No mundo de hoje, não há lugar para nada mais. É necessário que escolhamos.

Cristianismo não é filosofia nem moral, é encontro.


Gilberto Alexandre da Luz
Ao rememorar a «conversão» de São Paulo

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 3 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- O cristianismo não é uma filosofia ou uma moral, é um encontro com Cristo, explicou Bento XVI nesta quarta-feira, ao ilustrar o momento central da vida de São Paulo: seu encontro com Jesus no caminho de Damasco.
Continuando com a série de catequeses sobre o apóstolo dos povos, no Ano Paulino, que dura até o próximo mês de julho, o Papa reviveu junto a milhares de peregrinos congregados na Sala Paulo VI o momento central da vida de Saulo de Tarso.

Foi um autêntico giro em sua vida, declarou, «o Cristo ressuscitado aparece como uma luz esplêndida e fala a Saulo, transforma seu pensamento e sua própria vida».

Contudo, assinalou o bispo de Roma, «Paulo não interpreta nunca este momento como um fato de conversão. Por quê? Há muitas hipóteses, mas o motivo é muito evidente. Este giro de sua vida, esta transformação de todo seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de um amadurecimento ou evolução intelectual ou moral, mas veio de fora: não foi o fruto de seu pensamento, mas do encontro com Jesus Cristo».

«Não foi simplesmente uma conversão, um amadurecimento de seu ‘eu’, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo: morreu uma existência sua e nasceu outra nova com Cristo Ressuscitado. De nenhuma outra forma se pode explicar esta renovação de Paulo.»

«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele», acrescentou o Papa.

Isso significa que, para os crentes, «o cristianismo não é uma filosofia nova ou uma nova moral. Só somos cristãos se encontramos Cristo», explicou o pontífice.

O Papa explicou que este encontro pessoal se realiza hoje «na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja».

Só neste encontro «podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos convertemos realmente em cristãos».

Morte e ressurreição

O Papa, tomando as duas fontes do Novo Testamento que ilustram este acontecimento (os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo), explicou aos peregrinos a centralidade do encontro com Cristo na vida do Apóstolo.

Muito além dos detalhes do relato do Caminho de Damasco, Bento XVI explicou que a chave é a aparição real do Ressuscitado.

«O esplendor do Ressuscitado o deixa cego: apresenta-se também exteriormente o que era a realidade interior, sua cegueira com relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois seu definitivo ‘sim’ a Cristo no batismo reabre de novo seus olhos, faz-lhe ver realmente.»

«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele.»

Paulo se sente sempre «escolhido e enviado pelo próprio Cristo, sem intermediários», explica o Papa, mas sempre em comunhão com toda a Igreja.

«Paulo aprendeu que, apesar de sua imediata relação com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve ser batizado, deve viver em sintonia com os demais apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo», acrescenta.

Por último, o Papa explicou que esta experiência do apóstolo é a que lhe permitiu integrar sua tradição judaica com o pensamento e a filosofia pagã.

«Isso engrandeceu seu coração, abriu-o a todos. Neste momento não perdeu o que havia de bom e de verdadeiro em sua vida, em sua herança, mas compreendeu de forma nova a sabedoria, a verdade, a profundidade da lei e dos profetas, e se apropriou deles de um modo novo.»

«Ao mesmo tempo, sua razão se abriu à sabedoria dos pagãos; tendo-se aberto a Cristo com todo seu coração, ele se converteu em capaz de estabelecer um diálogo amplo com todos, fez-se capaz de fazer-se tudo para todos. Assim realmente podia ser o apóstolo dos pagãos», concluiu Bento XVI


FONTE: http://www.zenit.org/portuguese/mensagens.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Livre - Arbítrio - Santo Agostinho


Gilberto Alexandre da Luz.

Pretendo com esse trabalho comparar a expressão “LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO”. O presente tema sugere que liberdade e livre arbítrio são duas coisas distintas. Pois curiosamente a discussão sobre a existência ou não de nossa própria liberdade terminará por discutir se Deus, caso exista tal ser responsável pelo universo que vivemos também é livre, ou se está subordinado à sua própria onipotência como um ente eternamente condenado a um congelamento existencial imutável, atributo recorrente da perfeição. Também é um apelo a existência a liberdade e Livre Arbítrio, mas quero defender e justificar que a liberdade é nosso dom precioso, e que acreditar nela é mais sensato e preferível a crer que somos objetos de um determinismo cósmico, de um destino, quer seja intencional ou não.
O segundo objetivo é obter maiores conhecimentos deste que foi um grande Homem para a Igreja e também atender uma das exigências do programa de aprendizagem de História da Filosofia medieval, ao qual me remeto na análise do livro o Livre Arbítrio, de Santo Agostinho, talvez um dos maiores escritos sobre esse tema já realizado em toda a história, fazendo uma síntese de toda esta obra. Portanto, não é minha intenção ao realizar este trabalho se desfazer das idéias que por ele foram experenciadas, e sim contribuir com uma outra leitura acerca do que ele trata neste livro. Por não ter todo esse conhecimento sobre Santo Agostinho, não me atreveria escrever um tratado, e sim algo do que já pude ler sobre ele, e essa leitura ainda é muito pouca e se limita em Confissões, Livre Arbítrio, A verdadeira religião etc. Porém, desejo com este trabalho aprofundar ainda mais meu conhecimento sobre Santo Agostinho, este que foi um Santo muito importante para a história da Igreja no Século III. É também meu objetivo durante a graduação em filosofia nesta academia, aprofundar o estudo agostiniano e desenvolver meu trabalho de conclusão de curso em Agostinho. Pretendo trazer acerca deste tema proposto: Liberdade e Livre Arbítrio uma reflexão nova, dentro de meu entendimento, evidente que o primeiro passo é deixar claro o significado destes termos: Liberdade e Livre Arbítrio. Partindo do pressuposto que este assunto já foi tema de muitos trabalhos acadêmicos e teses de doutorado, mas parto da idéia de que cada um tem sua forma de interpretar, por isso, julgo ao mesmo tempo um desafio para um iniciante na filosofia começar seus estudos filosóficos em um grande Santo da Igreja e que muito contribui para a quebra de muitos paradigmas que precisavam ser quebrados, não que eu vou escrever uma grande tese, mas dentro de minha capacidade intelectual, na simplicidade e humildade desejo levar o leitor a uma perspectiva diferenciada do pensamento de Santo Agostinho. Como já mencionei o principal estudo deste filósofo tem como intenção uma desmistificação de conceitos que acabam interferindo na vivência do homem como ser amado e especial aos olhos de Deus. Na verdade Santo Agostinho procura justificar a existência do mal como algo funcional, ou seja, o mal no preenchimento do estado mental pode ser capaz de inspirar o homem a colocar toda sua confiança nas coisas materiais e no prazer do corpo, em contra ponto a Deus que é a bondade absoluta.
Ora, este rompimento pessoal com Deus é também prejudicial em todas as outras dimensões humanas. O homem acaba perdendo-se nas tentações e nos pecados que mais denigre a imagem primeira, a de ser filho de Deus. Na medida em que a alma foi criada por Deus para reger o corpo, e o homem, fazendo mal uso da sua liberdade, inverte essa relação, subordinando a alma ao corpo e caindo no pecado e na ignorância. Sendo assim a alma acaba por aniquilar-se. Deste modo, o próprio pecado passa a ser uma força que atuou sobre si e o fez agir assim. Depois de sua conversão, Agostinho reconhece que o ato de pecar depende de cada um, bem como a verdade está em nosso interior.
Para Agostinho a existência da vontade livre (Liberum arbitrium) jamais chegou a ser um problema. Trata-se, a seu ver, de uma verdade primária e evidente, e, portanto incontestável. Temos consciência de nos determinarmos a nós mesmos e de sermos responsáveis por nossos atos. O problema propriamente agostiniano diz respeito ao uso dessa vontade livre, bem como ao seu valor e a sua bondade. Qual a razão de ser da vontade, e como conquistá-la à perfeição na liberdade?

sábado, 30 de agosto de 2008

Filosofia - Antes tarde do que nunca...

Gilberto Alexandre da Luz

Acretido que falta uma consciência de que o esporte seja em modalidade for não deve servir somente à uma competição, mas sobretudo à melhora da qualidade de vida de quem o pratica. Hodiernamente (nos dias de hoje - nota blog) as competições esportivas têm tido o efeito de guerras em que a hegemonia de um povo é imposta a outro (s) contudo sem violência armada. Gostaria de saber sua opinião sobre isto.
O esporte, e aqui generalizamos todas as modalidades, sempre representou um fator de mediação nas sociedades, se manifestando de acordo com as características daquela sociedade e daquele tempo. Na Antiguidade, por exemplo, o esporte eram as lutas, violentos combates que podiam chegar até a morte. Também entre o público, filas de soldados isolavam os espectadores para evitar conflitos. E as guerras paravam para a realização dos Jogos Olímpicos.
No século XIX, quando os esportes coletivos mais populares (Futebol, basquete, vôlei, rugbi) foram criados, corria a Revolução Industrial e e as Escolas Públicas passaram a adotar essas estratégias para educar: treinar para a vida ativa do trabalho e controlar os impulsos violentos através das regras. Na recriação dos Jogos Olímpicos Modernos, Barão de Coubertin registrou que era preciso despertar a atenção do Mundo para o fato de um programa nacional iria desenvolver saúde, resistência e também criar melhores cidadãos.
Já no início do século XX vimos os Jogos Olímpicos e Copas do Mundo virarem vitrine de propaganda de regimes e governos. A Alemanha Nazista, a União Soviética, os Estados Unidos são exemplos disto. Ainda no século XX, com a disseminação do capitalismo por todo o mundo, o esporte pouco a pouco virou mercadoria e espetáculo virtual de massa. Virou coisa e se afastou do humano.
O humano do Homem como corpo-alma-natureza-sociedade. Sempre fomos assim, um TODO, e nos colocamos no mundo a partir desses quatro elementos. O esporte, como uma das poucas manifestações que por princípios engloba este TODO, sempre irá representar aquilo que somos ou aquilo que nos deixamos ser como povos, como humanos.

A FILOSOFIA SAI DA CAVERNA


Gilberto Alexandre da Luz


A professora as USP, Marilena Chauí, concede a Folha de São Paulo, (02.03.02), uma entrevista por ocasião do lançamento do seu livro Introdução à história da filosofia.
Perguntada, sobre a importância da filosofia nascida há 2500 anos, como pode ajudar a entender o início do século 21. Em resposta ao que foi indagada Chauí aponta que os filósofos desse período convencidos de que sobre a realidade visível e aparente havia uma força natural, o qual só o pensamento alcançaria, tomando nosso mundo contemporâneo, ele é aquele que diz que a única realidade é a aparência e a superfície das coisas.
E, ainda a contra ponto que Chauí apresenta a isso é a convicção de que há algo mais do que essa pluralidade efêmera de imagens e de que é preciso ir ao âmago do real para entendê-lo
Na entrevista, Cassiano Machado perguntou a professora a respeito dos desafios de ensinar a história da filosofia no período abordado no livro dos pré socráticos a Aristóteles.
Chauí em resposta ao que foi indagada aponta que a maior dificuldade é a de apresentar a jovens que desconhecem inteiramente a filosofia aquilo que ele tem de mais difícil, que é a formação de seus próprios conceitos. Isso significa apresentar o que chamo de gênese absoluta dos conceitos.
Ao perguntada na entrevista sobre o veto do presidente FHC, de que a filosofia se tornaria obrigatória no ensino médio, ela aponta não ter lido o texto da lei portanto, não saberia as razões que a levaram ao veto. Observa ainda que de acordo com as propostas que estavam circulando, a filosofia poderia ser ministrada por pessoas com diploma de sociologia, pedagogia e teologia. Se isso foi mantido no texto, o veto é compreensível. A iniciação à filosofia é uma tarefa mais difícil, mais delicada e exige uma especialização maior do que o ensino de partes mais avançada da disciplina. É preciso que os professores do ensino médio tenham tido graduação em filosofia.

Santo Agostinho - e a influência Platônica!



Influência de Platão na Filosofia Agostiniana
A concepção de Deus para Platão era de um Deus do intelecto, para Agostinho este conceito cai totalmente, para ele, Agostinho, Deus pode estar nos dois lugares ao mesmo tempo; tanto no intelecto, quanto criador do mundo da natureza como ser criador de todas as coisas. Tal concepção do homem provinha de Platão, para o qual o homem é definido como uma alma que se serve de um corpo. Agostinho mantém esse conceito com todas as conseqüências lógicas que ele comporta. Assim o verdadeiro conhecimento não seria a apreensão de objetos exteriores ao sujeito, devido a sua variabilidade, e sim, a descoberta de regras imutáveis, como o princípio ético segundo o qual é necessário fazer o bem e evitar o mal. Tal conhecimento se refere às realidades não sensíveis cujo caráter fundamental seria a necessidade, pois são o que são e não podiam ser diferentes.
Agostinho supera o ceticismo mediante o iluminismo platônico. Inicialmente ele conquista uma certeza: a certeza da própria existência espiritual, e deste conceito tira uma verdade particular, de que Deus enquanto verdade onipotente, onisciente pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Embora desvalorize o conhecimento platônico da sensibilidade em relação ao conhecimento intelectual, admite Agostinho que os sentidos, como o intelecto são fonte de conhecimento. Para Agostinho, a fé e a razão complementam-se na busca da felicidade e da graça. A graça, para ele, não é alcançada por procedimento intelectual, mas por ato de intuição e fé. Mas a razão se relaciona com a fé no sentido de provar a sua correção. Ou seja, a fé é precedida por certo trabalho da razão e, após obtê-la, a razão a sedimenta. A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé. É necessário compreender para crer, e crer para compreender. Aqui se percebe que, para Agostinho, a filosofia é apenas um instrumento destinado a um fim que transcende seus próprios limites.

Ralatório Individual de Apresentação do Filme "Nascendo para um novo Tempo"

No dia 19 de Agosto de 2008, às 19h00, a equipe da produtora reprodução foi à escola Estadual Polivalente de Curitiba, situada a (Rua: Salvador Ferrante, nº 1664, Bairro; Boqueirão), apresentar o filme “Nascendo para um novo tempo” e junto à apresentação do filme, uma dinâmica que buscava suscitar uma possível reflexão filosófica nos espectadores.
O público para o qual o filme foi apresentado era composto por alunos do Ensino de Jovens e Adultos (Eja). Em conversa a priori com a direção da escola e com o professor de filosofia, conseguimos reunir todas as turmas de filosofia juntamente com a sociologia tenho em média aproximadamente uns 50 alunos.
Devido à carência de pensar filosoficamente, no quadro geral da atualidade, a dinâmica proposta não atingiu o resultado esperado, porém, não devemos relevar a inexperiência dos apresentadores, componentes da produtora e participantes do filme. Acredito que o parágrafo anterior vem revelar uma simplicidade dos apresentadores frente aos espectadores.Após um semestre inteiro poder trabalhar de forma dinâmica a construção de um material, que poderá ser utilizado as escolas públicas e à aqueles que assim desejarem fazer uso de nosso trabalho.
Poderíamos até nos valer dos direitos autorais, por fim, os atores decidem que em meio as dificuldades tecnológicas, e a falta de experiência dos mesmo o filme poderia ser copiado por outrem para assim também fazerem um reflexão de nossa sociedade atual.
Utilizamos como método apresentar primeiramente o Filme. Logo após, isufruindo-nos das idéias trazidas pelo filme, expomos alguns conceitos que extraímos da historia da filosofia e principalmente do pensamento de Platão.
Hoje, após está pronto nosso trabalho e também apresentado, reflito da seguinte maneira: No início do semestre me encontrava frustado com relação a gravação deste filme. Porém, vejo-me hoje o quanto já cresci com o mesmo.Posso dizer que o crescimento neste caso pode ser generalizado, pois a amplitude do crescimento foram em todos os âmbitos. Quando o ser humanos está aberto as novas mudanças, tudo se torna fácil para se adaptar as novas realidade do nosso cotidiano. Percebo que isso aconteceu comigo.
Apesar de algumas falhas técnicas, quanto dos meios utilizados na apresentação, fica-nos a esperança de que os espectadores tenham se identificado com os conflitos do protagonista, e que, de alguma maneira tenhamos conseguido instigar o público a refletir sobre sua vida. Sobre a padronização imposta pela sociedade atual, ou seja, sobre a questão que permeiam o homem contemporâneo.

Relatório de apresentação do Grupo Re - produções




No dia 19 de Agosto de 2008, às 19h00, a equipe da produtora reprodução foi à escola Estadual Polivalente de Curitiba, situada a (Rua: Salvador Ferrante, nº 1664, Bairro; Boqueirão), apresentar o filme “Nascendo para um novo tempo” e junto a apresentação do filme, uma dinâmica que buscava suscitar uma possível reflexão filosófica nos espectadores.
O público para o qual o filme foi apresentado era composto por alunos do Ensino de Jovens e Adultos (Eja). Devido à carência de pensar filosoficamente, no quadro geral da atualidade, a dinâmica proposta não atingiu o resultado esperado, porém, não devemos relevar a inexperiência dos apresentadores, componentes da produtora e participantes do filme.
Utilizamos como método apresentar primeiramente o Filme. Logo após, isufruindo-nos das idéias trazidas pelo filme, expomos alguns conceitos que extraímos da historia da filosofia e principalmente do pensamento de Platão.
Apesar de algumas falhas técnicas, quanto dos meios utilizados na apresentação, fica-nos a esperança de que os espectadores tenham se identificado com os conflitos do protagonista, e que, de alguma maneira tenhamos conseguido instigar o público a refletir sobre sua vida. Sobre a padronização imposta pela sociedade atual, ou seja, sobre a questão que permeiam o homem contemporâneo.

Relatório de apresentação do Grupo Re - produções

No dia 19 de Agosto de 2008, às 19h00, a equipe da produtora reprodução foi à escola Estadual Polivalente de Curitiba, situada a (Rua: Salvador Ferrante, nº 1664, Bairro; Boqueirão), apresentar o filme “Nascendo para um novo tempo” e junto a apresentação do filme, uma dinâmica que buscava suscitar uma possível reflexão filosófica nos espectadores.
O público para o qual o filme foi apresentado era composto por alunos do Ensino de Jovens e Adultos (Eja). Devido à carência de pensar filosoficamente, no quadro geral da atualidade, a dinâmica proposta não atingiu o resultado esperado, porém, não devemos relevar a inexperiência dos apresentadores, componentes da produtora e participantes do filme.
Utilizamos como método apresentar primeiramente o Filme. Logo após, isufruindo-nos das idéias trazidas pelo filme, expomos alguns conceitos que extraímos da historia da filosofia e principalmente do pensamento de Platão.
Apesar de algumas falhas técnicas, quanto dos meios utilizados na apresentação, fica-nos a esperança de que os espectadores tenham se identificado com os conflitos do protagonista, e que, de alguma maneira tenhamos conseguido instigar o público a refletir sobre sua vida. Sobre a padronização imposta pela sociedade atual, ou seja, sobre a questão que permeiam o homem contemporâneo.

domingo, 18 de maio de 2008

Apresentação do Trabalho de Pesquisa em Kant e Hannah Arendt

Apresentação do trabalho de pesquisa do graduando Tiago Cardoso de Assis. Estudante de filosofia no 3º ano, 5º período, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tendo como orientador desta pesquisa o professor Dr. Daniel Omar Perez.

Tema de pesquisa

A NATUREZA HUMANA EM KANT E HANNAH ARENDT E O PROBLEMA DO MAL.
→ República – estado de paz ≠ estado de natureza
→ Direito das gentes

Direito Natural ● A priori podendo ou não existir
● Fonte da Razão
● O que é direito justo → Injusto
Direito Positivo ● Vontade
● Empírico
● Decreto as Leis


Estado Civil Ação Humana
▪ Liberdade ▪ Vontade
▪ Igualdade
▪ Independência


LEI E MÁXIMA DEVER Objetivo Ação Moral Ação Legal
Lei Prática 1º Ordem Obediência Obediência
2ª Ordem Subjetivo
As Leis Conforme o Dever
A priori A posteriori
Objetivo Subjetivo






DEVERES

PERFEITOS IMPERFEITOS
Direitos AMPLO COMO AGIR



SENTIMENTO RESPEITO EXISTÊNCIA DO HOMEM
COMO FIM EM SI MESMO

OBJETIVO SUBJETIVO
RACIONAl RESPEITO PELA LEI, DEVE JUSTIFICAR OS MEIOS


RAZÃO CONHECER EM SI PRÓPRIO
C.R. da R.P. Liberdade Vontade



AÇÃO JUSTA AÇÃO INJUSTA

LIBERDADE LIBERDADE

FINS PARTICULARES


MAL RADICAL DIREITO PÚBLICO
PROBLEMA DA LIBERDADE
INTRINSECO ESTADUAL DAS GENTES
COSMOPOLITA





REINO DOS FINS
TOTALIDADE
LIBERDADE DE PENSAR
USO PÚBLICO DA RAZÃO: 3 MÁXIMAS 01-PENSAR POR SI MESMO
02-PENSAR NO LUGAR DE TODOS OS OUTROS
03-PENSAR SEMPRE EM CONCODÂNCIA CONSIGO (concabilidade)

BANALIDADE DO MAL
TRÊS CARACTERÍSTICA
01-Destruir a pessoa Jurídica
02-Anular a individualidade
03-Coisa → Sujeito insignificante, (perde toda liberdade)

BANALIDADE DO MAL BANALIDADE HUMANA
- CAPACIDADE DE JULGRA - Processo
- S.F.SISTEMA FINAL

- OBEDIÊNCIA CEGA
- PENSAMENTO – Banal


O QUERER

COMPREENDER VONTADE

NO SENTIDO DE PERDOAR LIBERDADE

sábado, 10 de maio de 2008

Roteiro do Filme "Nascendo para um novo Tempo"

O filme nascendo para um novo tempo que será lançado no final do primeiro semestre de 2008, busca explorar a existência humana imersa nesse contexto de aculturação que presenciamos atualmente, e é por presenciarmos esta era dominada pela tecnologia, em que o tempo fica cada vez mais escasso, que decidimos mostrar as conseqüências que isso traz a um indivíduo.
No protagonista do filme que é Dionísio, propomos retratar um homem que, quando reconhece que viveu durante muito tempo perdido em ilusões, se defronta com uma existência inerte, ou seja, vazia de significados. É a partir desse defronte, aonde nenhum objetivo se atingiu e aonde nenhuma certeza sobrou que o personagem começa a descobrir a possibilidade de trilhar novos caminhos, re-elaborando assim o seu projeto de vida.
O filme, portanto, se divide em 4 partes: a primeira, quando o protagonista ainda está inserido na sociedade técnica e consumista. As principais características que exporemos no personagem é a perda dos valores, a desvalorização às instituições e a extrema necessidade de saciar seus desejos, que quando saciados, geram outros e outros.
Na segunda parte, propomos demonstrar através de Dionísio o desmoronamento dessa vida somente materialista, e a desilusão frente ao mundo em que vivia, mostrando a percepção do homem que encara a existência sem nenhum sentido.
Já na terceira pretendemos trabalhar com um desvelamento de novas possibilidades no encontro entre homem e natureza, acreditando que esse contato propicia um ótimo cenário para a descoberta de si -o que pressupõe a importância de uma ligação com o momento presente, pois só quando assim fazemos que paramos de nos pré-ocuparmos com outras coisas que não o que somos puramente- como ser que só é com o outro, e que, portanto, só se constitui enquanto relação.
E finalmente, na quarta parte ressaltaremos o resgate de um sentido para a existência e a série de dilemas que alguém com esse propósito tem de conviver. Como afirmaremos algo sem deixar que o orgulho e o sectarismo não nos ceguem? Como lidaremos com toda a realidade que até então tínhamos encarado com outros olhos?
Paralelamente a toda essa trama, que demonstraremos por intermédio da ficção, correrá paralelamente um documentário, no qual filósofos exporão suas opiniões, considerando escolas e pensadores, sobre os temas abordados no filme.



Roteiro do filme nascendo para um novo tempo

1ª cena
dia.
Personagens: Dionísio.
Local: em um quarto.

Uma moeda sendo lançada para cima.
Dionísio: - Preciso repensar meu dinheiro.

2ª cena
dia.
Personagens: Dionísio, Julio (seu filho) e empregada
Copa, café da manha.

Julio:- Bom dia pai!
Dionísio: -Bom?...só se for para você.
Empregada: -Ai seu Dionísio, pra que tratar assim a criança? Não vê que isso é traumatizante?
Dionísio: -não to nem ai, só quero meu café. Estou atrasado.
empregada: -Daqui a pouco sai!
Dionísio: -É bom andar logo!
Empregada sai.
-Ta vendo filho? É assim que devemos agir. Devemos ter pulso firme com aqueles que são inferiores.
Julio: -Mas pai, meu professor falou que todos os seres humanos são iguais, e que não devemos julgar as pessoas pelas suas aparências.
Dionísio: -HAHAHAHA...Claro que não idiota! Isso é bobagem! O mundo não é assim. Isso ai é historinha pra criança. Na vida filho, sempre estamos correndo para alcançar o carro do outro, lutamos pelo status filho, corremos atrás do poder. Por isso, aprenda desde já! O mundo é daqueles que tem!
Julio: -Mas... e o amor pai??
Dionísio: -....acho que você ainda é muito novo pra aprender sobre isso.
Empregada: - Ta aqui seu café! E o senhor pode acertar comigo, já não quero mais trabalhar aqui! Não consigo me conformar com todas essas besteiras que o senhor fala pro seu filho! Fica enchendo a cabeça do menino de minhoca!
Dionísio: - Pois então vá! Ahh...e só pra não esquecer, seu café é tão ruim quanto você na cama.... Vá, vá logo e não me encha mais!

3ª cena
dia
Personagens: Dionísio
Local: Rua, trânsito, dentro do carro.
Um carro fecha o carro de Dionísio

Dionísio: -Vá se ferra seu babaca!! Entra na auto-escola de novo rapaz!!
“esse idiota acaba de estragar meu dia!”

4ª cena
dia
Personagens: Dionísio, atendente de supermercado.
Local: supermercado.
Dionísio compra uma coca-cola e mais um maço de cigarros.

Dionísio: “...ah...hora de satisfazer meus prazeres...cigarros....refri...ah..só falta esta gostosa da propaganda.”
Atendente: -Só isso senhor?
Dionísio: -Sim.
Atendente: -Tenha um bom dia senhor.

entrevista
tema: padrões de mercado, sociedade massificadora, desestruturação das instituições e contras do modelo de vida baseado no consumismo.

5ª cena
dia
local:sala de um cartório, cigarros e café. Protagonista carimbando
Personagens: Dionísio e seu chefe (Paulo).

Chefe: - Dionísio, que palhaçada é essa aqui? Já são mais de três requerimentos que você carimba errado!
Dionísio: - Desculpa chefe.
Paulo: - Ah..e você acha que tudo se resolve simplesmente com uma desculpa? Não é você que agüenta todas aquelas reclamações depois!
Dionísio: - Já pedi desculpas Paulo! E além do mais, essa rotina me enche. Tenho que ficar carimbando todas essas folhas que não tem nenhum sentido pra mim, enquanto as coisas funcionam para poucos, que molham a sua mão!
Paulo: - Do que você está me acusando?...cuidado rapaz!...quer saber? Estou cansado de seus erros e de seu jeito arrogante de ser! Você está demitido!
Dionísio: - Mas....ah! também já estou cansado de engolir sapo de alguém tão babaca! Se há algum erro aqui está no meu salário! Fico contente de nunca mais ter que olha para essa sua cara gorda.
Cospe no chão e sai
Câmera acompanhando.
Dionísio: “era só o que me faltava, durante tanto tempo fiquei só carimbando aqueles papéis que agora nem sei se sei fazer outra coisa! Aquele balofo, puta que pariu! Acho que vou tomar uma coisinha em algum bar.”

6ª cena .
dia
Bar, tomando conhaque e pensando.
Dionísio, Garçom.

Dionísio: “....durante todos esse anos da minha vida em que só no que pensei foi no que era útil, o que carrego comigo, o que verdadeiramente sou eu?....tenho um filho, um carrinho uma casa. Ah! Droga! Estou sempre procurando como meus fundamentos aquilo que tenho. Nunca consigo chegar no que sou. Talvez seja porque durante toda minha vida essa foi a minha preocupação. E agora pergunto, até onde tudo isso me levou? O que sei da vida? Pra onde estou indo?”
- me serve mais uma
Garçom: - Servida.
Dionísio: “...agora já não mais enxergo sentidos pra viver, a única mulher a quem eu tinha, foi embora de minha casa, meu emprego já era, só tenho mais 20 reais, que provavelmente vou beber, não posso comprar nada. Como posso ter desperdiçado 40 anos de minha vida, como se apertasse a descarga de uma privada cheia de merda? Já não entendo mais nada. E como nada me resta, prefiro vagar pelo mundo a esmo, esperando aquilo que todos esperamos quando vivemos...”
- Quanto deu ai? Ug, ug.
Garçom: - 5 doses....15 reais senhor.

7ª cena
dia
Rua. Centro da cidade.
Dionísio.

Dionísio: - Digo pra todos que me ouvirem! Não façam como eu, não desperdicem 40 anos de suas vidas vivendo atrás de utilitários inúteis , correndo atrás de uma casa ou de uma blusa. Pois quando acordamos, percebemos que nossa corrida foi em vão, e que passamos o tempo todo ignorando o que realmente somos: nada. Hoje, me encontro na total desilusão, meus sonhos de consumo agora sei que nunca vou satisfazer, haha, já não tenho mais dinheiro, compreendo que minha sede nunca teria fim! Por isso me ponho na estrada e por isso agora grito. Descobri dentro de mim que tudo o que estou sendo até agora é vazio!
Ando porque não consigo sonhar, ando sem destino para pagar toda a ingratidão que dei à vida e sofro porque tudo o que sei é sofrer.

Entrevista
Tema: O homem niilista e seu pessimismo, a quebra dos valores, o despertar filosófico e a crise existencial.

9ª cena
noite
Auto-estrada
Dionísio e andarilho.

Andarilho: - Que faz aqui homem? De camisa e calça de rico? Andando nesse trecho?
Dionísio: - Como ainda consegue ter forças pra perguntar sobre o problema dos outros? Só os seus já não te bastam?
Andarilho: - Dificilmente converso com alguém nessa vida, e quando converso é só com alguém que ta na estrada também. To vendo que tu é novo mesmo na BR rapaz, e já vou logo avisando: aqui não tem espaço pra orgulho. As vezes tu vai ta com sede, e não vai ter água. As vezes tu vai ter fome, e não vai ter o que comer. Assim como um dia eu também vou ter, por isso aqui dependemos uns dos outros.
Dionísio: - se quer pedir algo vamos direto....
Andarilho: - hahahaha...não to pedindo nada não senhor! Só to querendo puxar conversa, mas já vi que tu vai ter muito que aprender ainda! Aqui não é que nem era tua vida lá na cidade. E pra tu não ter que sofrer como eu sofri durante anos nessa estrada que te digo, aceita tua condição e se enxerga no teu irmão. Jesus Cristo já falava amigo, somos todos iguais.

Dionísio segue.

“era só o que me faltava agora ter de escutar as palavras de um velho mendigo bancando uma de” sabe tudo “, mas até que tem coisas que ele falou que já ouvi faz muito tempo e só agora, depois de tudo o que passei ,que imagino porque diziam. Só agora, quando vejo que não adianta corrermos atrás do carro do ano, pois só enquanto estamos correndo, perdemos parte da vida, que entendo quão injusto é aquele modo consumista de se viver.”
Dionísio: - Hahaha
“Só agora que entendo, quando vejo que por todos dependermos um dos outros, não existe ninguém que seja melhor ou pior que o outro, pois todos dependemos de todos, ah, mas que bobagem todo esse papo. Tenho só cinco no bolso, e quando ele acabar, provavelmente me estenderei em uma sarjeta esperando que a morte me pegue.”

10ª cena
Dionísio
madrugada
frio, estrada de terra

“Como puderam tantos homens ter procurado esses momentos de meditação? Não consigo dormir, não consigo sonhar, só sinto meus pés congelarem. Durante toda minha vida sempre o que fiz foi esperar: esperando o fim do dia, esperando o fim do mês, pra pagar aquela conta que já não agüentava mais a prestação, e quando uma quitava, outra fazia.”
Dionísio: - Ahhhh...E agora?? O que esperar??
“Talvez a única coisa que me caiba esperar seja o raiar de um novo dia de sol.”

11ª cena
Dionísio
Raiar do sol
Tomada de longe pinheiro do Paraná
Pink floyd – atom heart mother

“...aqui estou agora, pensando em todas essas coisas...e pela primeira vez, por incrível que pareça, sinto-me como nascendo outra vez, tudo o que esperava encontrei dentro de mim, olhando o sol...é incrível. Como nunca notei? Sinto-me agora burro por nunca ter olhado o pinheiro, que sempre esteve com os galhos voltados para o alto, pedindo para que o sol chegasse e que tudo iluminasse. Sinto-me feliz como nunca, finalmente compreendo o que é o amor, sempre quando me falavam achava que o amor era algo ligado somente a prazeres que, agora posso notar, eram meros prazeres efêmeros..”
Dionísio: - Ahhhhh....vida!!!
“sinto-a agora, espero que isso que contemplo não passe...ah droga, como durante tanto tempo vivi sem acreditar nas coisas boas que a vida podia me dar? sempre fui um servo da destruição, nunca tinha, até então contemplado a imensa luz de um amanhecer de verão. Hahah, até mesmo dentro de um burro como eu aparecem tamanhas maravilhas....sinto como nunca a sensação de existir!”

entrevistas: santo Agostinho e a teoria da iluminação, mito da caverna e a aquisição de sentido para a existência. Shelling, o ideal é o real.

12ª cena
Posto de gasolina, restaurante
Dionísio e Gerente

Dionísio: - Bom dia amigo, até anteontem vivia na cidade, tinha emprego e tudo, mas saí de casa, bebi um pouco e, por perceber quanta bobeira estava fazendo de minha vida me pus a andar. E aqui estou agora, sem dúvida esses dias foram os mais importantes da minha vida, pois descobri que todos nós somos irmãos e...
Gerente: - ta bom, ta bom, pare de me enrolar com esse blábláblá e peça logo um prato de comida....
Dionísio: - era isso mesmo que eu queria senhor, mas não esperava receber tratamento tão estranho....
Gerente: - toma, e vai embora...
Dionísio: - Obrigado senhor.
Dionísio Sai

“é....agora que comecei a perceber como realmente podemos ser mais, muda de foco minha vida, e imagino quanta dificuldade ainda vou passar, por tentar reconstruir tudo aquilo que tinha derrubado e ignorado durante 40 anos...”

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tese de mestrado

TESE DE DISSERTAÇÃO DO MESTRANDO LUCIANO EZEQUIEL KAMINSKI


O Mestrando Luciano Ezequiel Kaminski, nos apresentou seu projeto de dissertação de mestrado. Desenvolve todo seu trabalho de pesquisa “O BELO COMO SÍMBOLO DE MORALIDADE”. Para o desenvolvimento de seu trabalho Luciano utiliza-se de alguns comentadores como: Pedro da Costa Rego; Vinícius de Figueiredo; Zeljko Loparic; Valério Rohden e outros. Sua dissertação divide-se em 3 partes. A primeira parte, ele trabalha a analogia / simbolismo, que tem como estudo a lógica, a crítica da razão pura e esta crítica nos vai levar a uma dialética, entendimento e prolegômevos. Em seu discurso remete-nos a fundamentação de seu trabalho, que está fundamentada no livro de Kant CRPR, CRJ e na Religião antropologia.
Na segunda parte de seu trabalho Luciano tratará da beleza como símbolo de moralidade, tentará defender sua tese. E na terceira e última parte cabe a ele discorrer sobre a moral em dois aspecto: no juízo do sublime e juízo de teleológicos. Podemos dizer assim que este último capítulos se subdivide-se em 3 pontos que fará comparação a sua problemática.
I – PSICOLOGIA
II – INTELECTUAL
- ANALÍTICA
III – LÓGICA SEMÂNTICA
A filosofia transcendental de Kant nos remete a lógica que por sua vez leva-nos a um conhecimento de intuição e a conceitos empíricos e puros.
Dialética →ente real → idéias → transcendental → Deus → mundo.
A casualidade livre não tem um princípio a priori prático/moral → Universal. A ação livre determinaria a vontade
Juízos → Determinantes → objetiva → Lei → conceito → referente
→ Reflexionantes → Subjetiva → parte particular → cria conceito universal.
Conformidade afins:
Conhecimento: → Categoria/ objeto referencia
Moral → Lei/ sentimento de respeito.
Belo → Princípios de conformidades afins → sentimento de prazer.
Em uma pequena síntese coloca-se nessas linhas o que foi conseguido pegar pela explicação do mestrando Luciano sobre seu trabalho de pesquisa.

Roteiro do Vídeo

Re-produções apresentará!

O filme nascendo para um novo tempo, que será lançado no final do primeiro semestre de 2008 pela produtora Re-produções, busca explorar a existência humana imersa nesse contexto de aculturação que presenciamos atualmente, e é por presenciarmos esta era dominada pela tecnologia, em que o tempo fica cada vez mais escasso, que decidimos mostrar as conseqüências que isso traz a um indivíduo.
No protagonista do filme que é Dionísio, propomos retratar um homem que, quando reconhece que viveu durante muito tempo perdido em ilusões, se defronta com uma existência inerte, ou seja, vazia de significados. É a partir desse defronte, aonde nenhum objetivo se atingiu e aonde nenhuma certeza sobrou que o personagem começa a descobrir a possibilidade de trilhar novos caminhos, re-elaborando assim o seu projeto de vida.
Dentro desse panorama, portanto, a trama se divide em 4 partes: a primeira, quando o protagonista ainda está inserido na sociedade técnica e consumista. As principais características que exporemos no personagem é a perda dos valores, a desvalorização às instituições e a extrema necessidade de saciar seus desejos, que quando saciados, geram outros e outros.
Na segunda parte, propomos demonstrar através de Dionísio o desmoronamento dessa vida somente materialista, e a desilusão frente ao mundo em que vivia, mostrando a percepção do homem que encara a existência sem nenhum sentido.
Já na terceira pretendemos trabalhar com um desvelamento de novas possibilidades no encontro entre homem e natureza, acreditando que esse contato propicia um ótimo cenário para a descoberta de si -o que pressupõe a importância de uma ligação com o momento presente, pois só quando assim fazemos que paramos de nos pré-ocuparmos com outras coisas que não o que somos puramente- como ser que só é com o outro, e que, portanto, só se constitui enquanto relação.
E finalmente, na quarta parte ressaltaremos o resgate de um sentido para a existência e a série de dilemas que alguém com esse propósito tem de conviver. Como afirmaremos algo sem deixar que o orgulho e o sectarismo não nos ceguem? Como lidaremos com toda a realidade que até então tínhamos encarado com outros olhos?
Paralelamente a toda essa trama, que demonstraremos por intermédio da ficção, correrá paralelamente um documentário, no qual filósofos exporão suas opiniões, considerando escolas e pensadores, sobre os temas abordados no filme.

A cura do medo da morte em Avicena Parte I

A cura do medo da morte em Avicena

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

Falar em filosofia já é algo difícil imagine falar sobre algo tão intimo da filosofia? Existe algo mais próprio e intimo que o nascimento? Ao tentar descrever como fora este nascimento deve-se passar por três questionamentos: como ocorreu? Quem o fez? Será que existe um nascimento?

Como ocorreu o nascimento da filosofia? É algo tão complexo como tentar responder o que é filosofia. Partimos do pressuposto que filosofia significa amor a sabedoria. Então isto leva a uma implicação que a filosofia nasceu quando homens e mulheres se preocuparam com o saber.

Desde os primórdios o homem busca respostas para indagações que perturbam sua existência e com o homem grego não fora diferente. No entanto o homem grego foi em busca da resposta, e por ser um homem religioso que era muito mítico. E como não sabia certas respostas denominou deuses seres que explicavam tudo o que o intelecto não sabia, não tinha como responder.

Mas ainda ai não se tem uma filosofia como compreendemos hoje, será que foi aí que ela nasceu? Na busca do homem por respostas que não sabia responder?

Posteriormente a este período o homem grego não está mais preocupado com seus medos, mas sim com a origem do mundo, isto significa que passou a pensar racionalmente deixando este lado mítico de lado.

Estamos já em um estágio que vislumbramos homens que resolvem a questionar a buscar respostas racionais para suas dúvidas. Será então que soa estes que iniciam a filosofia. Ou será que ainda não?

Parece ser que a filosofia passa a existir quando o centro de todo pensar passou a ser o homem e não os objetos, realidades que estão a sua volta. A filosofia nasce quando o homem torna-se o centro da polis? Está agora nascida a filosofia?

Um elemento que faz a filosofia ser filosofia é o ato dela fazer com que o indivíduo questione-se faça-se perguntas, para se formular conceitos.

Será que a filosofia nasceu? Pergunto isso por que a cada momento que o homem se questiona sobre algo ele faz a filosofia. Pois se ela é o ato de pensar, isto é, todo o que pensa faz filosofia. A partir que alguém passa a pensar nasceu a filosofia. E se pormos em marco zero significa que houve um tempo que não existiu filosofia? Se não existiu filosofia não existiu racionalidade.

Outro fato todo nascimento exige uma morte. Se pregarmos então o nascimento então teríamos que propagar que a filosofia terá seu fim. E este será o oposto do início, visto que ela nasceu quando o homem resolveu pensar, e ela irá morrer quando o homem parar de pensar.

Usando termos mais claros a filosofia nasce com o choro do recém nascido, e morre com o último suspiro do ancião.

dos livros aos hospitais.

Autores: Murilo
Marcelo
GIlberto
Ernani
Rafael

(capa do livro: filosofos e terapeutas: em torno da questão da cura)

O livro Filósofos e Terapeutas: Em torno da questão da cura, publicado em 2007 pela editora escuta e organizado pelo professor da PUCPR Daniel Omar Perez, trata da filosofia como um espécie de terapia. A partir de um olhar histórico abordando dentre os filósofos aqueles que alcançaram maior destaque.

Na introdução do livro, escrita por seu próprio organizador, o principal assunto exposto é a procura comum entre filósofos e terapeutas que, de algum modo, tentavam aproximar o ser do fazer, ou seja, agiam no intuito de equilibrar o corpo e a alma, buscando um pareamento com seus ideais, o que determinava uma constante preocupação com a existência.

Dentro do contexto em que vivemos, encontramos a questão da cura dominada pela medicina feita de maneira acadêmica, que por agir estritamente de modo científico, se prende aos sintomas descartando as causas das doenças, o que sempre foi alvo da reflexão filosófica. Podemos dizer então que a medicina atual busca antes um remédio para a doença, do que sua cura, o que sempre foi um problema filosófico: a busca pelas origens do mal estar.

Para justificar a preocupação filosófica em torno da questão da cura, o autor faz uma breve passagem por alguns filósofos ou escolas filosóficas: desde os antigos pitagóricos, que acreditavam na cura através de meditações, de técnicas de purificação, ou seja, na cura baseada em uma vida de certo modo ascética que busca o controle dos desejos; até o já moderno Rousseau, que acredita numa retomada do “conhece-te a ti mesmo”. Quando o homem passa a se conhecer se descobre em um estado natural, no qual se vê livre de doenças, sendo as doenças para eles ligadas a uma existência em sociedade.

É notória a condição em que se encontra a questão da cura para a tradição filosófica, pois quando olhamos para a história do pensamento, constatamos sem duvida sua iminente preocupação com os modos de se evitar a doença ou o mal estar.

A preocupação com o bem-estar do corpo e da alma esteve sempre subsidiando as reflexões filosóficas, por isso o destaque a esta questão, que normalmente costuma ser discriminada.

A vida de David Gale


A VIDA DE DAVID GALE

O objetivo do filme é retratar a pena de morte nos Estados Unidos. Tratando especificamente desse tema polêmico, o filme assume como característica relevante a tentativa de mostrar como a pena de morte pode, não somente, não resolver o problema da violência e da criminalida.

No filme A vida de David Gale, David é acusado de estupro e assassinato. Ocorrido esse fato, o professor de filosofia entra num processo difícil em sua vida: perde o emprego, o filho e a auto-estima. Mas ainda possui um ideal (o fim da pena de morte) que o levará até as últimas consequências. Ele sabe que seguindo o plano que estabeleceu, juntamente com sua amiga Constance e o outro colega, talvez consigam morrer por uma causa que irá repercutir no país inteiro. Eles acreditavam que o sistema judiciário adotado pelo governo era brutal e continha falhas. Será que atingir esse fim, privando de sua própria vida, estará agindo corretamente? Para o filosofo Kant o homem deve ser considerado em suas ações como fim em si mesmo. Podemos dizer que o autor da bastante ênfase no filme no que se diz da humanidade, a grande ironia da trama se dá justamente com aquele que mais lutou para mostrar que a pena de morte continham erros gritantes. Quem assistiu o filme pode perceber que até aqueles que são os defensores dos direitos humanos, não resistiriam em se posicionar a favor deste trio que lutava por uma causa justa em defender a vida, mesmo daqueles que cometiam atrocidades.

ANTIGONA

Sófocles nasceu por volta de 496 a. C., na pequena localidade de colono, nas mediações de Atenas. Durante sua longa vida, Sófocles presenciou a expansão do império ateniense, se apogeu com Péricles e, finalmente, sua decadência após a derrota na Sicília, durante a guerra do pelo Peneso.

São os gregos, como Sófocles, a fonte para o debate das questões morais da vida humana. Em sua peça, Antígona, por exemplo, Sófocles transforma o mito grego em um drama universal, de uma forma ou de outra, vivido por cada um de nós. Sai intenção, como bom grego, é mostrar que toda a ação humana é susceptível de erro. Daí a característica de sua literatura, alimentada pela mitologia.

Na tragédia grega Antígona, Sófocles leva o leitor a uma reflexão profunda acerca das diversos temas que nos fazem parte da vida dos seres humanos, por exemplo: Política, religião, direito, diferenças entre gêneros, perfis psicológico e, principalmente, a moral, destacando que as ações morais são irreverssíveis.

Antígona teve como punição a própria morte, por se julgar acima das leis do estado; ela se colocou na condição de Deus ao julgar Creonte e foi responsável por duas mortes; Hêmon e Eurídece. Assim, a oposição de Sófocles em sua trama é tão perfeita que a própria Heroína da história teve atitudes negativas e criminosas, ao passo que antagonista passou a ser uma pessoas melhor no final do mito. Podemos destacar outros pontos que marcaram a encenação apresentadas pelos meus colegas, com isso, recorro ao texto interpretado para não falhar no comentário e cometer injustiça diante de uma apresentação tão bonita feita pelos mesmos. Alguns motivos levaram Antígona e Creonte defenderem suas posições particulares e políticas respectivamente. A atitude de Antígona teve como antecedente a luta pelo estado, a disputa dos dois irmãos pelo poder. Em contra ponto, ao lado político Creonte foi motivado pela tragédia familiar que fez Jocasta se matar e Édipo abdicar, permitindo, assim, o acesso de Creonte ao poder.

Creonte representa o poder estabelecido. As atitudes que toma visam à manutenção desse poder, de tal forma que os fins, para ele, parecem justificar os meios, ao punir Antígona, independentemente de suas razões e crenças pessoais. Projeta nos outros seus próprios defeitos, como o autoritarismo e o comportamento pautado pela ganância. Não consegue se retratar a tempo para corrigir um erro e evitar uma tragédia que, inclusive, o prejudica severamente.

A tragédia expõe ao Público as relações delicadas a que somos expostos dentro de uma sociedade e o quanto é importante que os nossos desejos não superem a razão. A discussão da moral enfoca a importância da empatia com o outro, assumindo, assim, a postura de sempre olhar para ambos os lados e tentar entender até onde somos levados pela emoção. Esquecemos da importância de nos dedicarmos a analisar um problema, em vez de simplesmente julgar, buscar temperança. A mitologia ajuda a tragédia no momento em que ela direciona a discussão, criando opostos (como o caso da trama vivido por Antígona) e ajudando na formação de uma consciência crítica para formação de opinião.

O pleno sucesso da democracia ainda é algo a ser buscado pelos homens, e, para isso, deve ser adaptada a algumas práticas gregas, tais como a participação política dos cidadãos de forma engajada e consciente e a reflexão sincera sobre as questões éticas, para que os cidadãos atuem e assumam a responsabilidade de organização da sociedade em nível coletivo e não de pequenos grupos, como continua sendo feito nos dias atuais.